Polícia

Falso médico preso no Rio tem prisão preventiva decretada pela Justiça

Polícia Civil, delegacia, Copacabana, 12
Agentes da especializada do bairro efetuaram a prisão em flagrante. Foto: arquivo/Pedro Conforte

Em audiência de custódia realizada nesta quinta-feira (20), a juíza Ariadne Villela Lopes converteu em preventiva a prisão em flagrante do homem que foi preso acusado de exercer ilegalmente a medicina, utilizando o registro profissional de um médico, para prestar atendimento em várias Unidades de Pronto Atendimento no Município do Rio.

De acordo com depoimento de uma testemunha prestado à autoridade policial, sua mãe, após ser atendida pelo falso médico na UPA de Realengo, na Zona Oeste,  morreu no dia 15 de maio.    

No dia 16 de maio, o médico Álvaro Pereira Carvalho se dirigiu à 12ª DP para denunciar que uma pessoa não identificada estaria usando seu CRM, se passando por ele para prestar atendimentos na UPA de Realengo. o falso médico, que sequer completou o nível superior, foi preso em flagrante na última terça-feira (18), quando atendia na UPA de Realengo. Ele também se aproveitou da falsa identidade para ser vacinado contra a Covid-19.  

“Considerando todo o exposto, entende este juízo pela necessidade da conversão da prisão em flagrante em prisão preventiva, inclusive, porque o custodiado apresenta alto risco de reiteração delitiva, considerando as circunstâncias. Assim, converto a prisão em flagrante do custodiado em prisão preventiva”, destacou a juíza na decisão.  

A magistrada ressaltou ainda a gravidade das acusações contra o falso médico.  

“Todas as informações constantes nos autos permitem a construção das hipóteses elencadas pela autoridade policial em sua decisão do flagrante, a demostrar que as condutas imputas ao custodiado são extremamente graves, considerando as consequências de tais condutas, visto que tratava da saúde de pessoas sem a necessária habilitação técnica.”  

De acordo com a decisão da juíza, a testemunha Jaquicelia Braga de Medeiros confirmou, em depoimento,  que sua mãe foi atendida na UPA de Realengo pelo acusado e faleceu no dia 15 de maio.  

“Nesse sentido tem-se o relato da testemunha Jaquicelia de óbito de sua genitora a exemplificar a gravidade das consequências das condutas imputadas ao custodiado, sem prejuízo da consideração da atual pandemia de Covid-19 que fragiliza a saúde de todos, impulsando um sem número de pessoas a se dirigirem a hospitais e unidades de pronto atendimento na busca da recuperação de sua saúde, vindo a encontrar em atuação pessoa sem habilitação para tratamento médico, gerando graves consequências, conforme referido.”  

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